CULTURARTE

Este é um espaço virtual dedicado a discussões sobre manifestações artísticas e cultura em geral. De início serão postados textos, notícias, notas, contos que escrevi há algum tempo. Nas próximas semanas serão postados outros textos com discussões comtemporâneas. Comentem!!!! Espero que gostem. Abraço Saulo

terça-feira, dezembro 19, 2006

Morre o sambista Geraldo Pereira


Depois de uma semana internado no Hospital dos Servidores da Prefeitura, morreu ontem o cantor e compositor Geraldo Theodoro Pereira, mais conhecido como Geraldo Pereira.
Geraldo Pereira foi hospitalizado depois de uma briga no Bar Capela envolvendo o famoso boêmio carioca Joaquim Francisco dos Santos o Madame Satã. O estado de saúde de Geraldo Pereira não era bom. Antes mesmo do acontecido o sambista vinha sofrendo havia algum tempo de cólicas intestinais, evacuando sangue e com crises sistemáticas de vômito.
Segundo freqüentadores do bar situado na Lapa, Geraldo e Madame Satã discutiam muito. “Depois de muito discutir, os dois começaram a brigar, aí meu amigo, ninguém nem tentou entrar no meio. O Pereira daquele tamanho todo, e Madame Satã capoeira como ele é... Foi soco e pé pra tudo enquanto é lado, até que o Satã acertou um soco muito do bem dado no Pereira, ele caiu e bateu com a cabeça no meio fio” afirmou fininho, garçom do bar Capela.
História
Geraldo Pereira nascido no dia 23 de abril de 1918, era mineiro de Juiz de Fora. Aos 12 anos veio para o Rio em busca de melhores oportunidades.
Morando na Mangueira começou a compor para a inicial escola Unidos da Mangueira. Lá fez amizade com grandes pilares do samba como Cartola.
Geraldo Pereira foi um dos precursores do samba sincopado e da renovação pela qual o ritmo passa. É autor de músicas como “Falsa Bahiana”, “Sem Compromisso” e “Bolinha de Papel”.
Para Nelson Gonçalves, famoso cantor e amigo íntimo de Geraldo Pereira, a morte do sambista foi uma grande perda para a música popular brasileira. “O Geraldo era um cara muito especial, apesar de um pouco ranzinza, tinha um grande coração. O samba perdeu um de seus grandes bambas”.