CULTURARTE

Este é um espaço virtual dedicado a discussões sobre manifestações artísticas e cultura em geral. De início serão postados textos, notícias, notas, contos que escrevi há algum tempo. Nas próximas semanas serão postados outros textos com discussões comtemporâneas. Comentem!!!! Espero que gostem. Abraço Saulo

domingo, dezembro 24, 2006

InFeliz Natal


Não gostava do Natal. Na verdade detestava. Seu nome era Natalino da Silva Noel.

Tudo começo quando descobriu que Papai Noel não era homem. Era sua prima 5 anos mais velha (que no futuro teria uma relação incestuosa com ele) com a pior barba de algodão já feita. Desconfiado, avançou na figura natalina e arrancou-lhe os pelos do rosto e até as suiças. Que decepção! A partir daí Natal virou Finados.

Era o filho que todos pais pediram a Deus, mas quando chegava dezembro, o clima de consumo, árvores, enfeites e luzes, Natalino se transformava. Nunca deixou sapato ou meias. Cartas nem quando já escrevia fazia questão. Os brinquedos nunca pediu, mas sempre ganhava. Quando abria, doava ou queimava.

Na adolescência era um rebelde sem causa, mas somente no Natal. Andava de preto, fumava, bebia com uma voracidade, uma dose atrás da outra! Ná véspera, acordava cedo. Ficava fora o dia inteiro. Chegava em casa 3 horas antes da hora 0.

Certa vez, quando chegou depois do desaparecimento de praxe, estava acompanhado.Um mendigo, 2 putas de estrada, e um traficante arrependido. A família toda estava perplexa. Ele não. Agiu naturalmente. Pai tentou brigar, mas a data não deixava. Ceiaram todos; o mendigo se fartou e quase infartou. Natalino propôs um brinde: _ Vamos brindar à minha amiga "hipocrisia". Só aqui vejo tantas pessoas que durante o ano inteiro ouvi falar mal algumas vezes e outras mais. Um brinde à hipocrisia.

Terminado o brinde, o traficante arrependido mas usuário convicto que se sentia um pouco desconfortável com a situação, acendeu seu cachimbo d'água. A fumaça tomou conta da casa. Uma leve alegria pairou no ar por um instante. Descontente com tal momento, Natalino subiu para seu quarto com o mendigo e as putas de estrada. O preço? Uma noite de natal com uma família.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

O Manifesto Extravagante do Futuro

Penso que minha vida passa como uma valsa....
Que faz de todo meu dia um dia sagrado;
Um dia sem fim.
Não há problemas se o Rei Sol cair do firmamento,
O que importa é a harmonia da música!
O resto nem conseqüência é,
é simplesmente um produto do acontecido;
Sem nenhuma explicação,
lógica ou fantástica.
Nem mesmo o mar que conseguisse se apaixonar usufruiria de determinado destino,
o destino dos destinados,
onde a figura cíclica se impõe,
e a volta ao passado é permitida até pelas leis da Física!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Morre o sambista Geraldo Pereira


Depois de uma semana internado no Hospital dos Servidores da Prefeitura, morreu ontem o cantor e compositor Geraldo Theodoro Pereira, mais conhecido como Geraldo Pereira.
Geraldo Pereira foi hospitalizado depois de uma briga no Bar Capela envolvendo o famoso boêmio carioca Joaquim Francisco dos Santos o Madame Satã. O estado de saúde de Geraldo Pereira não era bom. Antes mesmo do acontecido o sambista vinha sofrendo havia algum tempo de cólicas intestinais, evacuando sangue e com crises sistemáticas de vômito.
Segundo freqüentadores do bar situado na Lapa, Geraldo e Madame Satã discutiam muito. “Depois de muito discutir, os dois começaram a brigar, aí meu amigo, ninguém nem tentou entrar no meio. O Pereira daquele tamanho todo, e Madame Satã capoeira como ele é... Foi soco e pé pra tudo enquanto é lado, até que o Satã acertou um soco muito do bem dado no Pereira, ele caiu e bateu com a cabeça no meio fio” afirmou fininho, garçom do bar Capela.
História
Geraldo Pereira nascido no dia 23 de abril de 1918, era mineiro de Juiz de Fora. Aos 12 anos veio para o Rio em busca de melhores oportunidades.
Morando na Mangueira começou a compor para a inicial escola Unidos da Mangueira. Lá fez amizade com grandes pilares do samba como Cartola.
Geraldo Pereira foi um dos precursores do samba sincopado e da renovação pela qual o ritmo passa. É autor de músicas como “Falsa Bahiana”, “Sem Compromisso” e “Bolinha de Papel”.
Para Nelson Gonçalves, famoso cantor e amigo íntimo de Geraldo Pereira, a morte do sambista foi uma grande perda para a música popular brasileira. “O Geraldo era um cara muito especial, apesar de um pouco ranzinza, tinha um grande coração. O samba perdeu um de seus grandes bambas”.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Epifania




De vez em quando, bate uma felicidade mórbida.
Vontade de chorar, e rir de uma forma nunca vista...
Lágrimas escorrendo pelas buchechas, e covas de sorriso no ar...
O que será?